segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Tudo corre...

Mergulhada em ti estou...
Contigo me deito, contigo acordo!
Passam os dias, passam as noites,
corre o tempo indiferente e acelerado.
Os instantes, os momentos, os dias...
O turbilhão do dia-a-dia.
A vida apressadamente a fugir...sem nós!
Tudo corre...
Pena não levar o meu sentir!
Tudo deixa...
E mais cava este abismo sem fim à vista
que me cega e deixa sem vista!
E empurrado corre o tempo, em contratempo!
Engendrado nas dúvidas da insegurança, no redemoinho
de tão incerto pensar, de decidir demorado,
correu o tempo mais apressado!
Derrubou tudo o que havia sido confidenciado!
Que ninguém de mim se acerque
para extorquir meu sentir!
Assassinos do tempo, não vedes o que fazeis?
Tempo inquinado, tempo adiado!
E eu...no fundo de mim, contigo!

Graciete Belo Maciel

2 comentários:

  1. belo poema.obrigado pela partilha. que sejamos nós a passar pelo tempo e não ao contrário.que vivamos o presente, que é uma prenda dada gratuita, o passado já passou o futuro pertence a Deus.vivamos o presente, com tudo o que temos no coração...que seja substuido pelo amor, toda a tristeza, toda a angustia, todo o ressentimento.FOMOS FEITOS PARA A VIDA E VIDA EM ABUNDÂNCIA...do pouco dado com amor torna-se enorme, num coração aberto á graça...

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  2. É gratificante saber que há sempre algum poema que é do agrado que alguém. Obrigada, Carla.
    A vida tem de ser também uma partilha. Só assim tem sentido e presente em "abundância".
    E há tantas formas de partilhar. Muitas vezes só as palavras precisam mesmo de ser partilhadas. Mesmo sem elas, presenteio sempre quem encontro com um sorriso, e dá-me uma felicidade enorme fazê-lo.
    Obrigada pelas tuas palavras e pela tua visita.
    Bjs

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