domingo, 8 de novembro de 2009

O nosso mundo...

O nosso mundo não tem limites!
Não tem paredes, nem tecto,
nem espaço, nem tempo!
Mas tudo lá cabe!
Cabem as certezas do querer,
as lágrimas - as nossas - a dois tidas, a dois sentidas,
carregando a prolongada e árdua dor do não poder.
Tem a alma por inteiro, a lonjura por primeiro!
E a alma não se faz, nem se desfaz, assim…
Julgar que da alma se arranca as raízes das paixões e das emoções,
é julgar que a vida não tem fim!
E encoberta na razão, escondida no não pensar,
anestesiada de sentires, nua de si,
eis que encontrou o seu descanso derradeiro!
Derrubados foram os muros visíveis,
de pé permaneceram os invisíveis!
E deles surgem timidamente as primeiras palavras
forçadamente despidas, mascaradas,
trazendo encoberta tão grande conotação!
São as mesmas palavras de outrora!
Somos sempre os actores da peça por nós escrita,
tirámos só a encenação!
E se a distância no palco curta fosse,
o mundo seria nosso!
O nosso mundo...

Graciete Belo Maciel

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