domingo, 4 de outubro de 2009

Destino...

Não, não acredito no destino.
Há circunstâncias na vida que nos podem fazer pensar, intuitivamente, que ele nos anda a rondar! Isso posso aceitar, numa primeira leitura.
Mas como mulher de ciência que sou, com uma componente espiritual vincada e patente me que complementa, entenda-se no seu sentido lato, que é mais abrangente do pensamos, que não se resume à religiosidade, e que não tem até necessariamente de a englobar, e esta minha parte espiritual permite-me que tenha liberdade!
O passo que a seguir dou, é sempre a minha escolha. Não é a de um qualquer destino!
Perante situações concretas, o destino apenas serve para tentar explicar o que não entendemos. Sempre assim foi, e a história da humanidade mostra-nos precisamente isto. O que nos acontece ou que vemos ocorrer, muitas vezes resulta precisamente de um conjunto de factores ou circunstâncias, que casualmente se agrupam e que levam a um determinado desfecho.
Mas a evolução das espécies não nos diz precisamente isso?
Poderia ter ocorrido noutro sentido, se os factores que hoje conhecemos não se tivessem conjugado como o fizeram. Sabemos que muitos factos que poderão ser mais ou menos enigmáticos, conforme a amplitude da nossa espiritualidade e do nível de conhecimento de cada um de nós, são explicados pela ciência. Outros há ainda, que a mesma ainda não está desenvolvida por forma a dar-nos uma resposta. Mas certamente que daqui a uns anos, não sei se muitos ou poucos, não tenho dúvidas que a mesma dará.
O destino também é utilizado para desculpar-nos, quando não queremos usar a liberdade da nossa espiritualidade ou quando não queremos ou podemos fazer escolhas.
Como vamos enfrentar estas circunstâncias independentemente da sua origem?
Depende só nós. De mais nada!
Para mim, elas não são mais do que evidências ou factos que nos são colocados e que nos impulsionam ao confronto e, muitas vezes, também à reflexão. Perante os mesmos, temos que agir. Esta é a minha certeza!
Quando digo agir, englobo a aceitação e a não aceitação.
E parece-me que é nesta dicotomia que reside a grande questão.
Se nada pudermos fazer contra estas circunstâncias que nos são colocadas, só nos resta aceitá-las com passividade e prosseguirmos o nosso percurso obviando ou melhorando, conforme a situação.
Se pudermos fazer algo, é unicamente uma oportunidade que nos foi dada. Se a queremos, que a agarremos, este é o momento! Se não a queremos, que se rejeite para sempre! E prossigamos…
Quando não usamos a nossa espiritualidade, perdemos a nossa liberdade e deixamos de ser quem somos!
As probabilidades de alguém ou alguma circunstância decidir por nós aumentam e, por vezes, somos levados para onde não queríamos!
E aí estando, tudo se complica e assume proporções em forma logarítmica! E, assim sendo, mais nos desencontramos e sem identidade ficamos!
Nada de nós, então nos resta!
Não, não é o destino! Somos nós!

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