terça-feira, 30 de março de 2010

Aqui...


Aqui, onde a beleza da Natureza, confinada entre a terra e o mar, exibindo-se em majestoso esplendor, encontra-se a dúvida, a incerteza ou a razão de ambas das faces: a relatividade!
Aqui, onde registei este instante, sentimo-nos deliciosamente engolidos pela Natureza na sua plenitude, onde se degusta e se absorve o seu apogeu, em todas as suas vertentes: o silêncio, os sons, as cores, os cheiros, a beleza, a serenidade ... e as marcas da força da sua raiva!
Aqui, onde se retrata a Fajã Grande, na ilha das Flores, o local mais ocidental da Europa, experimenta-se e vive-se a relatividade dos factos: aqui, a Europa começa ou acaba!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Sensações


Vagueei demoradamente na tua incrível sensibilidade e achei-te excepcional.
Extraordinariamente excepcional por seres capaz de assumi-la.
Senti, claramente, que entraste em mim.
E fizeste-o da forma mais difícil de o fazer!
Se tão escassos foram os instantes da minha vida que contigo partilhei,
Se foram feitos de palavras ditas,
De palavras que não precisam de ser ditas,
De momentos feitos de silêncio,
De pensamentos transcritos,
Como é possível este sentir?
Mas sinto ... Sentimos ...
Sentimos para além do além!
Sentimos que sentimos para além de hoje, até sempre!
É a vida a dizer que as nossas linhas paralelas um dia se hão-de cruzar!

Graciete Belo Maciel

segunda-feira, 15 de março de 2010

Céu imenso...


Céu imenso, obscuro,
quebrado por brilhos peneirados,
por olhares penetrantes em devaneios ansiados.
Céu imenso que te conheço já de cor!
Cobres o meu olhar,
cobres o meu sonhar,
cobres o nosso mundo!
Meu olhar não o estendes,
nem a luz de meus olhos reflectes.
Difunde-se na noite,
dilui-se na escuridão
espalha-se no nada!
Nada de mim em ti se propaga.
Nada de mim a ti chega.
És tu o meu céu!
Céu imenso alastrado na imensidão do nada.
De nada me vale saber que existes!
De nada te vale o meu olhar!

Graciete Belo Maciel