quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Campo de Batalha


Armas morteiras
na mira do amor certeiras.
Balas que disparam sem saberem
que atingem quereres sem quererem
neste mar imenso condenado à ondulação
com vagas de descomunal dimensão
que assolam desmesurado coração
e consomem desmedida paixão!

Lutam rios com oceanos.
Batalham dias com anos.
Gladiam-se sonhos com vidas reais.
Combatem soldados com generais!
Sobrevivem... amores e desamores!
Do icerberg, o visível dissimula o fortalecido invisível.
Mas... vence a hipocrisia que se mais avoluma, falhada
conquista no viciado campo de batalha!

E batem-se palmas de vencedores, iludidas
a camuflarem verdades anestesiadas
que o tempo as ditou mais irreais que as derrotas no campo estendidas.
Mais uma ilha submersa que se forma sem plataforma!
E o guerreiro exausto de vitórias sem forma
olha o sangue que lhe está agarrado
seguindo o rasto da dor de ser vencedor desta batalha.
Seu sangue ligado ficou ao chão derrotado!

Graciete Belo Maciel

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