quarta-feira, 22 de julho de 2009

Fugindo ...

Fugindo ...
Fugindo dos raios de sol que te querem alcançar,
que não são mais que meus braços!
Que ao de leve te tocam, te cobrem
e se entranham no teu recôndito esconderijo,
na fissura mais pequena e oculta da rocha que transportas
e que se formou com lavas de desencanto!
Sentiste-lhe ilha envolto em tanto mar!
Deslumbramento há tanto perdido no tempo!
No tempo em que pisaste a ilha ...
E ilha foste ... por opção!
És lava revoltada que escorre pelo cone do vulcão
sem destino, sem previsão!
Porque não foges do fogo infernal da erupção (?)
do ruído atroz que te ensurdece,
do fumo que cega teu olhar,
dos gases malignos que inalas
e que atordoado te deixam a rastejar?
Fugindo ...
Continuamente fugindo ...
Já não és tu!
Já nada é mais a tua opção!
É a tua prisão!...

Graciete Belo Maciel

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